domingo, 24 de janeiro de 2010

Quarto texto

Serenidade


Há uma serenidade essencial.
Daquelas que por não serem fugazes,
mostram-se veladas,quietas.Imperturbáveis.

Não se lhas conquistamos soberbos.
Não há importâncias,nos calmos e serenos.

Mas a impassibilidade dos baobas seculares
exige raizes profundas.Para retirar alimento
onde poucos alcançam há de se crescer para dentro.

Um sestro não cria olhares despreocupados,
para tê-los há que se ter a paciência das mulheres a parir.
Quem tem?
Aqueles que conhecem todas as letras da dor,assemelham.
E não temem.
A coragem faz três quartos de um homem sereno,
o resto tem que ser preenchido,lentamente,
por sete ou seis pedaços de amor.
Se tanto.